domingo, janeiro 02, 2005

Uma certa monarquia


Rainha. Em 2004, morreu uma rainha da língua portuguesa. Não teve honras de estado, como outros com menos valia tiveram. Não interessa! Saí à rua para me despedir da maior poetisa minha contemporânea. Um contratempo impediu-me de lá estar, para grande pena minha. Fica a obra, para a imortalidade.


Rei. Durante anos, procurei "As Mãos e os Frutos" nas livrarias. Em vão. Encontrei finalmente, numa feira, quase de alfarrabistas, "Eugénio de Andrade - Poesia e Prosa [1940-1979]", de uma "Biblioteca de Autores Portugueses". Um banquete, claro! Mas fazem falta edições nas livrarias, para oferecer (daqueles presentes que se dão com especial gosto), ou da obra completa, como foi feito com a poesia de Sophia, ou de todos os livros de Eugénio. Quem sabe é este ano... Fica aqui o "wishful thinking".

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