Podia citar Pessoa, mas que nos interessam messianismos e ilusórias pré-destinações?
Freitas do Amaral dizia, na sua campanha eleitoral para a presidência: "para a frente, Portugal!". Agora há também um movimento (uma associação?) chamada "Portugal positivo". No tempo dos governos de Cavaco Silva éramos "os bons alunos da Europa". Agora, segundo as declarações do nosso presidente da República, na China, somos "simpáticos".
Eduardo Lourenço diz que a crise e a depressão são um álibi português.
A terra é pouco fértil e tem poucos recursos minerais, em comparação com outras. O clima não é propício para trabalho metódico, e o catolicismo matricial também não. A escola da "educação para todos" tem sido um fracasso retumbante.
A capacidade que temos para dizer mal uns dos outros, se produzisse dinheiro, punha-nos ricos.
Quando seremos capazes de olharmos uns para os outros e valorizar o que é positivo? De sermos tolerantes e de colaborarmos uns com os outros para um bem comum? Somos capazes de fazê-lo com o nosso círculo de amigos. Então, porque não deixar mais lata a fronteira desse círculo, de forma a incluir, também, quem partilha uma história e um destino connosco?
E quando é que os políticos e comentadores deixarão de olhar para a massa anónima como se fossem todos estúpidos e manipuláveis? Talvez pudesse começar também por aqui a mudança de atitude.
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