Que significa, hoje, para quem é da cidade, ir a um calendário ou ao Borda d'Água e descobrir que é dia de São Qualquer Coisa, e ficar a saber que algures há uma Feira dedicada a esse santo, num lugar que de se conhece o nome e por onde já se passou em viagem?
Em tempos idos, cada uma destas feiras, que se realizava uma vez por ano, num dia específico, marcava o tempo para comprar ou vender determinados produtos agrícolas ou gado, para uma dada região.
Hoje, essa é uma realidade em processo de fossilização. Em campanha eleitoral, vão lá políticos distribuir aventais de plástico e, com alguma sorte, uns chapéus aceitáveis para os resistentes levarem para a lida do campo. Para usar até os fios se gastarem, sejam quais forem as cores da propaganda.
As aldeias continuam a ter a frescura das plantas e do seu verde afirmativo. E continua o trabalho duro e a pobreza de quem lá vive. Mas sempre há alegrias, como as dos dias de feira, em que se foge à labuta dos outros dias, e se encontram, lá longe, os vizinhos próximos e os distantes, e se compara o que se vai vender e as pechinchas que se levam para casa. Ah! E até se começavam namoros...
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