sábado, junho 03, 2006
m.
No centro da carruagem, do lado da janela, virado para o sol, vai Mefistófeles. Olha para ela como quem troça pela notícia de mais um suicídio que mais uma família esconde sob outra qualquer causa. Ataque cardíaco, overdose involuntária, pneumonia mal tratada, tanto faz. Não são mortos próximos, mas olharam-na nos olhos e, por isso, sente uma espécie de dever de pensar em como foi o seu fim. Mefistófeles ri-se da sua consideração de que a morte maldita pode atingir todos e de que o dinheiro não traz felicidade. E ri-se do seu pesar.
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