Num dia, a constituição diz que não é permitido atribuir a cada cidadão um número único. No dia seguinte, vai haver o número único. No outro a seguir, já vai haver uma base de dados genéticos de toda a população portuguesa.
Entretanto, a pergunta sobre se estas decisões foram pensadas. Se se ponderou a razão de ser das restrições anteriores. Se foi feito o balanço dos prós e dos contras.
Num dia, o terrorismo desculpa tudo. No outro, já é a evasão fiscal. A seguir, o problema a resolver são as identificações em casos de catástrofes naturais e, eventualmente, a identificação de criminosos.
Mas como são as coisas em outros países com tradição na defesa dos direitos individuais? E como é que no nosso país se tem aplicado os meios que já estão disponíveis? Tem sido na sua máxima extensão? E quais serão as consequências dos abusos desses novos meios propostos? São os especialistas que não pensam, ou os jornalistas que não sabem perguntar e investigar?
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