Laurindinha põe a máscara de gente de carne e osso e vai à feira do livro de Lisboa de 2004, que está no seu segundo dia. Faz a melhor colheita do ano: três livros que são três clássicos do século XX e que, por uma razão ou por outra, só muito recentemente foram editados ou reeditados. Um já foi lido, emprestado, em edição esgotadíssima. Está um tempo morno, mas com uma brisa agradável, daquelas que uma primavera em Lisboa nos oferece. Vai até à esplanada panorâmica e pede uma água fresca. Senta-se e contempla o casario de Lisboa, o castelo e o Tejo. Ouve ao lado que, lá longe, é o castelo de Palmela. Abre os sacos, cheira os livros e folheia-os com curiosidade. Por detrás da máscara, Laurindinha sorri.
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