domingo, fevereiro 27, 2005

Angelus


(Jean-François Millet)

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Angelus: orações ditas de manhã (6h00), a meio do dia (12h00) e ao fim da tarde (18h00) na Igreja Católica Romana, durante todo o ano excepto no Tempo Pascal, em que se recita a Regina Caeli em sua substituição. É por vezes acompanhado com o tocar do sino.


"Angelus" ou "O Anjo do Senhor" ou "Ave Marias" ou "Trindades"

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria:
R. E Ela concebeu do Espirito Santo. Ave Maria...

V. Eis a escrava do Senhor:
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra. Ave Maria...

V. E o Verbo Divino se fez homem:
R. E Habitou entre nós. Ave Maria...

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ave Maria...

Oremos. Infundi, Senhor, nós Vos pedimos, a Vossa graça nas nossas almas, para que nós, que pela anunciação do anjo, conhecemos a Encarnação de Vosso Filho, assim pela Sua Paixão e morte na Cruz, e com a intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, alcancemos a glória da ressurreição. Pelo mesmo Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amen.

Glória ao Pai... (três vezes)



"Regina caeli" ou "Rainha do céu"
(no Tempo Pascal, do domingo de Páscoa até o domingo de Pentecostes)

V. Rainha do Céu, alegrai-Vos, Aleluia!
R. Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!

V. Ressuscitou como disse, Aleluia!
R. Rogai por nós a Deus, Aleluia!

V. Alegrai-Vos e exultai, ó Virgem Maria, Aleluia!
R. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos. Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, Vos suplicamos, a graça de alcançarmos pela protecção da Virgem Maria, Sua Mãe, a glória da vida eterna. Pelo mesmo Cristo Nosso Senhor. Amen.


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"Até alguns anos atrás era normal entre nós, tocarem-se as “ave-marias”. Em alguns lugares, como na Sé de Angra, ainda se mantém esse costume. Trata-se de tocar os sinos três vezes por dia: ao amanhecer, ao meio-dia e ao anoitecer. Em certos lugares chamava-se “Trindades”. À noite havia uma “norma”: Trindades batidas, meninas recolhidas.

Os toques variavam de três a cinco badaladas. Nalguns lugares havia mais. Eram costumes significativos de ambiente de oração. Estivessem onde estivessem, as pessoas rezavam, ao menos três “ave-marias”. Daí o nome de “ave-marias”.

Oficialmente chama-se-lhe o “ANGELUS”. Este nome veio-lhe do primeiro de três versículos que se intercalam às ave-marias. São versículos muito profundos que lembram, honram e “anunciam” o mistério da Encarnação: o Filho de Deus fez-se Homem. Os dois primeiros são tirados do Evangelho de S. Lucas e o terceiro do de S. João.

- O anjo do Senhor anunciou a Maria; e ela concebeu pelo Espírito Santo (ave-maria).
- Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (ave-maria).
- E o verbo fez-se Carne. E habitou entre nós (ave-maria).

São expressões que vêm dos Evangelhos e que nos recordam o início dos mistérios da Salvação. Elas tornam o mistério de Cristo presente nas almas.

Hoje ainda se reza o “Angelus”. Os últimos Papas lançaram o costume de o rezar em conjunto com os peregrinos em Roma. Nas ordens religiosas ele reza-se três vezes ao dia. E há cristãos que o fazem também. Alguns rezam-no quando se levantam e quando se deitam.

Em algumas catequeses ensinam as crianças a rezá-lo."

(Caetano Tomás)

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