Passou há dias, na televisão, uma reportagem sobre a discriminação etária no mercado de trabalho do Reino Unido. De acordo com o programa, a indicação por parte de um empregador de uma preferência quanto à idade dos candidatos a um emprego é aí entendida como ilegal! Compare-se com o nosso país: basta folhear os classificados de um qualquer jornal ou um sítio na rede de oferta de emprego para verificar que, entre nós, é comum serem declarados limites, não de 50 ou 45 anos, como era referido por alguns sociólogos ingleses, mas de 30 anos. De acordo com a peça televisiva, no Reino Unido, só no comércio a retalho é que os candidatos mais velhos levavam vantagem em termos de preferências por parte dos empregadores. Em Portugal, não vejo isso nem nesse sector.
Só me lembro de uma excepção: nos concursos de professores, a idade é um factor de desempate, a favor dos candidatos mais velhos. Isto, para iguais classificações académicas e experiência docente e, este ano, de igualdade para mais um criterio, de lógica sindicalista, que privilegia quem deu aulas durante x dias nos últimos y anos, tendo x e y sido definidos sabe-se lá como. Aqui, é o mundo de pernas para o ar, a prejudicar quem está está a entrar no mercado de trabalho. Se não, vejamos: quem consegue um currículo igual em menos tempo não tem mais mérito?
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