Todos os anos, um espetáculo grotesco ocorre em Lisboa (e, presumo, em todas as cidades universitárias portuguesas): a benção dos finalistas. Uma autoridade da igreja católica benze uma multidão de "finalistas" (podem acabar o curso num futuro ano letivo; que diferença faz?) em capas pretas e famílias embevecidas e a benzer-se.
Ou seja, dois elementos que nada têm que ver com a universidade e o conhecimento, a igreja e o universo das tunas e das praxes, ocupam o espaço público, assim se legitimando. (Galileu Galilei há-de dar voltas no túmulo com a apropriação da igreja.)
Por que é que as universidades portuguesas não têm cerimónias de formatura, como as que se veem nos filmes americanos? Com reitores, entrega de diplomas e, já agora, sem falsas tradições? Ministro Manuel Heitor? Reitores? Alguém?
2 comentários:
Tristes cenas de ignorantes etilizados, que parecem carneiros a seguir as ordens de veteranos brutos, repetem-se duas vezes ao ano de dia e sobretudo de noite nas ruas de Vila Real (e decerto nas outras cidades) que me envergonham e enfurecem. Além das ridículas bênçãos há outras actividades praxistas dos fardados à maneira medieval que muitas vezes constituem crimes públicos. Como dizia Eça pensam que estão a demarcar-se dos futricas...
Cara Lídia,
E haverá em Vila Real uma cerimónia oficial de formatura?
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