sábado, agosto 20, 2005

Hypnerotomachia Poliphili


Poliphilo sonha dentro do seu sonho

«A Hypnerotomachia Poliphili foi publicada em Veneza em 1499. A obra, do monge dominicano Francesco Colonna, foi descrita como sendo o mais belo livro jamais impresso. Foi o primeiro livro a ser desenhado e executado como uma unidade visual completa, com integração de tipos e ilustração. O gravador das matrizes de madeira originais permanece desconhecido, embora a sua autoria tenha sido atribuída a um vasto número de grandes mestres do Renascimento, incluindo Bellini, Montagna, Rafael e Botticelli.»

(SLNSW)



Poliphilo descreve as procissões triunfais

«A Hypnerotomachia Poliphili, que em latim significa «A Luta de Poliphilo pelo Amor num Sonho», foi publicada em 1499 por um veneziano chamado Aldus Manutius. A Hypnerotomachia é uma enciclopédia disfarçada em forma de romance, uma dissertação sobre tudo, desde arquitectura a zoologia, escrito num estilo que mesmo uma tartaruga acharia lento. É o livro mais longo que existe acerca de um homem que tem um sonho e faz Marcel Proust, que escreveu o maior livro do mundo acerda de um homem a comer uma fatia de bolo, parecer Ernest Hemingway. Atrever-me-ia a pensar que os leitores do Renascimento devem ter sentido o mesmo. A Hypnerotomachia foi um dinossauro na sua própria época. Embora Aldus fosse o maior impressor do seu tempo, a Hypnerotomachia é um emaranhado de tramas e personagens que não têm nada que os ligue entre si, para além do protagonista, um tipo qualquer alegórico, chamado Poliphilo. O enredo é simples: Poliphilo tem um sonho estranho no qual procura a mulher que ama. Mas a forma como está dito é tão complicada que mesmo a maioria dos eruditos do Renascimento - aqueles que liam Plotino na paragem do autocarro - consideraram a Hypnerotomachia dolorosa e entediantemente difícil.»

(Ian Caldwell e Dustin Thomason, "A Regra de Quatro")



Polia reanima Poliphilo com um beijo

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Hypnerotomachia Poliphili (facsimile)

Leon Battista Alberti's Hypnerotomachia Poliphili: Re-Configuring the Architectural Body in the Early Italian Renaissance (Liane Lefaivre)

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